sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

The Big Bang Theory

Sou aficionado por sitcoms, um gênero de comédia, comum na TV americana, onde as piadas são originárias de situações cotidianas e engraçadas que ocorrem com os personagens.

Nos últimos anos, me decepcionei com a programação de televisão. Deprimia-me o fato de que todas as séries sitcoms que eu gostava tinham acabado há tempos: Friends em 2004, Seinfeld em 1998 e That 70's show em 2006. Nada as havia substituído com sucesso.

Não estou citando nada da TV Brasileira pois esta nunca me decepcionou. Sempre foi uma constante droga. Exceções poucas para Os Normais e A Grande Família.

Não que a TV americana seja muito melhor, mas a concorrência permite pelo menos espaço para vida inteligente. No Brasil só há produção decente na Globo, que gasta todo o orçamento montando novelas idiotas, com textos ridículos e risíveis, mesmo quando dramáticos.

De volta aos sitcoms, me deixava triste o fato de que o único seriado que assisto ainda em produção é Two and a Half Men, que começou em 2003 e possivelmente não dura muito mais de 2 ou 3 temporadas. Depois disso, o que?

Finalmente a esperança voltou quando assisti o que considero o melhor Sitcom de todos os tempos desde Friends, o novo seriado The Big Bang Theory (BBT), da americana CBS.

O enredo se passa na California, onde quatro nerds encaram os mais variados problemas devido à sua baixa habilidade social, que começa a aparecer fortemente quando Penny, uma aspirante a atriz, muda-se para o apartamento ao lado. Veja só uma cena da série:



O seriado é uma metralhadora de referências culturais e científicas diversas. Muitas vezes eu preciso encontrar o script (roteiro com as falas) na internet para entender o que se diz, mesmo quando assisto legendado.

Como são semelhantes os personagens com muitos de meus colegas. Lembro-me de um sem número de discussões sobre a física de Jornada nas Estrelas, sobre as incoerências da ficção científica e outros. Gosto da série principalmente pois me identifico com diversos personagens. Meu grupo de colegas parece muito com os nerds de BBT (por que será?).

A complexidade deveria tornar o seriado pesado, mas isso não acontece graças à incrível capacidade de roteiro e produção, que torna tudo engraçado. As semelhanças com Two and a Half Men (THM) não são apenas coincidências, a produção também é de Chuck Lorre.

Com a audiência da série aumentando, ao que parece tornando-se um sucesso absoluto, espero que THM e BBT dêem uma sobrevida aos sitcoms que tanto gosto, pelo menos mais uns cinco anos.

E depois é torcer para que novos projetos de promissores sitcoms surjam. Quem sabe alguns aqui na TV brasileira? Qual o problema disso?

Nossos escritores, roteiristas e artistas são bons, mas estão todos focados no enfadonho gênero noveleiro. Como precisam gravar todos os dias, a qualidade despenca para um total pastelão. Personagens que não parecem pessoas, sem sal, sem graça, sem qualquer apelo.

Um dia a inteligência terá espaço na TV brasileira, pois as novelas estarão destinadas ao fracasso quando as pessoas finalmente tiverem alguma outra opção. Não custa sonhar...

2 comentários:

Moore disse...

É rapaiss... tenho que concordar contigo e ainda acrescentar: a Globo em seu descuido deixou a brega SBT e a imitadora Record se aproximarem e estas, ao invés de inovarem, tentam atacar a Globo com... novelas! Tente ver sem rir o wannabe mexicano escrito pela mulher de Sílvio Santos ou da trama com mutantes do Bispo Macedo. Apesar da ligeira queda, ainda dá pra assistir dois programas mais ou menos independentes (mas cheio de petrocinadores) numa boa: CQC e Pânico.

Moore disse...

Ah, sim! Quem é quem entre os nerds? Já vi o programa, mas não identifiquei ninguém do nosso grupo especificamente.