Como exercício mental, resolvi tentar lembrar os nomes das disciplinas que eu cursei na Engenharia. Se eu não lembrar nem o nome, é porque não fez nenhuma diferença. Comecei com o básico: os três primeiros períodos entre 1997 e 1998.
Desenhei em um papel as três colunas, uma para cada período, e comecei a escrever. Cálculo 1, 2 e 3. Física 1, 2 e 3. Esses são fáceis.
Geometria analítica e geometria descritiva. Desenho foi no segundo ou terceiro período? Não, espera aí, são dois!
Teve aquele professor que ninguém entendia nada, o que ele dava mesmo? Era análise de alguma coisa...
Mecânica técnica, resistência dos materiais, eletricidade. Não, para tudo! Estas são depois do básico!
Tinha aquele velhinho que reprovava todo mundo, a maluca que chamava os alunos de idiota, o sem noção que dizia que não ia passar ninguém e o professor que cobrava a xerox da prova. Qual matéria eles davam mesmo?
Olhei para o papel e havia 9 disciplinas apenas. E uma delas eu só lembrava que era análise, não sabia do quê. Análise técnica? Estatística? Psicológica? Está última teria sido util...
Dei me por vencido e fui na página da Engenharia da UERJ procurando pela grade. Para minha surpresa, quase exatamente igual à minha época. Vinte anos atrás, direto do túnel do tempo do Vídeo Show.
Percebi então que eu simplesmente apaguei do meu HD cerebral duas disciplinas de química, uma introdução ao processamento de dados, cálculo numérico e mais algumas outras.
Triste como tanto tempo se passou e eu continuo não usando quase nada do que foi ensinado.
A Engenharia poderia ganhar muito atualizando sua grade como fazemos no técnico. Pena que a academia tanto dificulta a mudança, se separando completamente do mundo real.
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